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China solicita suspensão de relatórios sobre stablecoins, segundo Reuters

Recentemente, surgiram informações de que reguladores chineses estão pedindo para que as corretoras locais deixem de publicar relatórios que promovam as stablecoins. Essas informações foram reveladas por duas fontes anônimas à agência Reuters.

A demanda por essas criptomoedas, que têm seu valor atrelado ao dólar americano, surgiu logo após Hong Kong aprovar um novo regime regulatório para que empresas desse setor possam atuar no país.

Essas conversas ajudam a explicar os rumores que circularam na semana passada, quando diversos perfis nas redes sociais afirmavam que a China estaria “banindo o Bitcoin novamente”. Vale lembrar que, desde 2021, tanto a mineração quanto a negociação de criptomoedas já enfrentam restrições severas por parte do governo chinês.

China fecha o cerco contra stablecoins

Os dados do CoinMarketCap revelam que as stablecoins alcançaram uma impressionante capitalização de mercado de US$ 281 bilhões nesta semana. Esse setor vem passando por uma expansão significativa desde a vitória de Donald Trump nas eleições nos Estados Unidos.

Entretanto, a situação na China parece um pouco confusa. Enquanto a Autoridade Monetária de Hong Kong começa a emitir licenças para emissores de stablecoins, o governo chinês intensifica sua repressão sobre elas. Fontes da Reuters indicam que houve um pedido para que as corretoras locais parem de divulgar pesquisas que incentivem o uso de stablecoins. Há também relatos de que seminários sobre o tema estão sendo interrompidos.

Os pedidos começaram no final de julho e se prolongaram para o começo de agosto. Até o momento, Hong Kong não concedeu licenças a nenhuma empresa.

Além disso, uma preocupação constante é a possibilidade de uso dessas stablecoins para investir em outras criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, especialmente em corretoras descentralizadas que não requerem identificação do cliente (KYC). Isso poderia ser uma forma de contornar as restrições impostas pelo governo.

Por outro lado, é importante lembrar que ETFs de Bitcoin e Ethereum estão sendo negociados em Hong Kong desde abril de 2024. Esses ETFs surgiram cerca de três meses depois que os ETFs de Bitcoin foram aprovados nos EUA. É interessante observar que, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, onde o fluxo de investimentos é mais claro, em Hong Kong essa transparência ainda é um desafio.

Por fim, pode ser que a China esteja usando a situação em Hong Kong para testar novas abordagens, com a ideia de afrouxar a repressão no futuro. A entrada dos EUA nesse mercado também pode influenciar a forma como os reguladores chineses olham para as criptomoedas. Apesar de estarem banidas, as criptomoedas continuam a causar interesse e debate.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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